A meus caros leitores.

Aviso que tive problema de "hackers" no blog, já felizmente identificados, mas não pude responder a diversos comentários sobre as postagens. Peço desculpas e agradeço a todos.

Auvers-sur-Oise

Auvers é a cidade onde Van Gogh viveu durante algum tempo, pintou cerca de 80 telas e também onde morreu.

Cemitério de Auvers, com túmulos de Van Gogh e de Théo e detalhe do Museu do Castelo, com uma exposição denominada Viagem no Tempo dos Impressionistas.

Auvers-sur-Oise é uma simpática cidade que pode ser visitada com facilidade a partir de Paris. Possui várias atrações ligadas a Van Gogh e um museu muito interessante, em um castelo, todo ele dedicado ao período impressionista.

Chocolates

Alguns "chocolatiers" de Paris são bastante conhecidos mas a Maison Georges Larnicol não é das mais frequentadas pelos brasileiros, apesar de excelente. A foto é de uma das estantes no interior da loja, numa semana na qual as crianças eram as homenageadas.

Experimentei um ursinho delicioso! E, em seguida, um pequeno vaso de flores, tentador.

A loja que eu frequentava fica no nº 132 do boulevard Saint Germain, próximo à rue de Buci mas há outra também excelente no nº 12 da rue de Rivoli. O atendimento é muito bom e há uma grande variedade de chocolates, biscoitos e diversas guloseimas à base do melhor cacau. Recomendo com entusiasmo!

Memorial De Gaulle

Hoje fizemos um belo passeio para conhecer o Memorial De Gaulle na cidadezinha de Colombey Les Deux Églises. Recomendo para todos os que gostam de História. No site do memorial é possível obter mais informações para programar a visita.

http://www.memorial-charlesdegaulle.fr/

Musée de la Vie Romantique

Continuo garimpando museus não muito conhecidos para visitá-los. Desta vez foi o "Musée de la Vie Romantique", que é uma lindeza. Fica no nº 16 da rue Chaptal. A melhor estação de metrô (a mais próxima) é Anvers, mas também é possível parar em Pigalle e caminhar um pouco até a rue Chaptal. O museu abre de terça a domingo. (Na foto, a entrada da casa principal.)

"Ce musée a l'aspect et le charme d'un hôtel particulier du quartier de la Nouvelle Athènes. Il a été la propriété du peintre Ary Scheffer. Le musée présente des collections de souvenirs et d'objets d'art légués à la ville de Paris, rappelant deux grandes figures du XIXe siècle : AryScheffer (1795-1858) et l'écrivain George Sand (1804-1876). Le pavillon principal du musée traite d'ailleurs de l'univers quotidien de George Sand. De l'autre côté de la cour se trouve l'atelier d'Ary Scheffer où il a travaillé de 1830 à 1858, et où il a reçu Chopin, Liszt, Lamartine,Tourgueniev mais aussi Delacroix. Ce musée d'ambiancepermet de retrouver le cadre de vie et de travail des romantiques, c'est pourquoi de nombreuses expositions rappellent la vie artistique et littéraire du milieu du XIXe siècle." (http://www.evene.fr/culture/lieux/vie-romantique-paris-107.php. Acessado em 18.maio.2012)

Vale à pena conferir o programa na internet pos algumas vezes há concertos ou conferências. A entrada para o acervo principal é gratuita e paga-se uma pequena taxa para exposições temporárias. é um belo programa e fora dos mais frequentados por turistas.

Museu Cernuschi

Um museu pouco visitado em Paris é o Cernuschi, especializado em arte asiática, principalmente China e Japão. Ele fica no nº 7 da Avenue Velasquez, bem perto da entrada do parque Monceau. Cernuschi foi um italiano que lutou pela liberação da Itália do jugo austríaco, foi eleito deputado da República romana, que teve curtíssima duração (apenas de 1948 a 1949), refugiando-se na França, onde acaba se destacando como grande conhecedor de economia e investidor. Viaja à China e ao Japão, adquire uma considerável coleção de obras de arte e, ao morrer, deixa todo o seu acervo como doação à cidade de Paris.

A figura em terracota é de um guardião de túmulo da dinastia Wei, na China do século V

Restaurantes em Paris e em Saint-Germain-en-Laye

Aqui estão algumas sugestões de restaurantes na Rive gauche, perto de onde moramos:

La Maison du Jardin, bistrot muito bom que nos foi "apresentado" por nossos amigos Alessandra e Sarquis. Comi uma "Pastilla de agneau" inesquecível! Fica no nº 27 da rue Vaugirard, próximo ao Jardin de Luxembourg. Metro Rennes.

Marco Polo, restaurante italiano no nº 8 da rue Condé. Bastante próximo ao Metro Odéon e aos cinemas. Comida italiana de primeiríssima e lugar simpático. Vasta escolha de vinhos.

Crêperie de Cluny no nº 20 da rue de la Harpe. o metro saint Michel é o mais prático. Apesar de muitos turistas, vale à pena pois as crepes e galettes são excelentes, em especial a crepe Basquaise, de frango, ratatouille e queijo. Serve vinhos mas vale à pena experimentar a ótima cidra da Bretanha.

Brasserie Atlas, no nº 11 da rue de Buci. É bem ao lado da nossa porta! Bons frutos do mar mas cardápio variado pois é uma Brasserie e atende non stop, do café da manhã até tarde da noite.

Le Bar à Huîtres, que apesar do nome serve também outros pratos é especializado em produtos do mar. Fica no nº 33 da rue Saint Jacques. A foto da direita é da entrada do restaurante, com os caranguejos. Os metrôs St Michel, Cluny la Sorbonne e Maubert Mutualité ficam próximos.

E, para finalizar esta primeira seleção, destaco um excelente restaurante próximo a Paris, em Saint-Germain-en-Laye. A pequena cidade possui um excepcional museu arqueológico, no castelo, bem no centro, e é servido por RER a partir de Paris. Vale a visita. O restaurante chama-se Brasserie du Théatre, como se pode ver na foto à esquerda, e fica na Place Charles de Gaulle.

Museu Jacquemart-André

Hoje foi dia de visitar o Museu Jacquemart-André aqui em Paris. É um programa que recomendo pois se trata de uma belíssima construção do final do século XIX. André Jacquemart era herdeiro de uma família de banqueiros e decidiu usar sua fortuna para colecionar obras de arte, incluindo tapeçarias, esculturas, telas e mesmo mobiliário. Em 1881 Édouard André casou-se com Nélie Jacquemart, na época uma artista bastante conhecida. O casal fez várias viagens, sempre enriquecendo sua coleção. O jardim de inverno da residência, na foto, foi planejado pelo arquiteto Henri Parent.

A linha de metro mais próxima é a Miromesnil e o museu fica no nº 158 do boulevard Haussmann. O telefone para informações é: 0145 62 1159. Como vários museus em Paris, fecha nas terças-feiras. (Atualmente, além do seu acervo permanente, está com uma excelente exposição temporária sobre a arte dos faraós, a partir dos faraós de origem líbia, e a influência de outras culturas nas expressões artísticas das últimas dinastias).

Londres: Victoria & Albert Museum

Um ótimo programa a partir de Paris é a viagem a Londres, pelo EuroStar. O trem é rápido e confortável, o embarque tranquilo e em menos de três horas chega-se à capital inglesa. Fomos até lá porque o Paulo estava convidado para dar uma palestra no King's College e então aproveitamos para ficar 5 dias passeando pela cidade. Como minhas pesquisas são sobre o Oriente, fui direto ao Victoria & Albert Museum. Meu objetivo era visitar justamente as coleções de arte oriental que conheci há muitos anos mas que há muito tempo eu não via. Como sempre, maravilhosas! Coloco aqui a foto de um jarro de porcelana da dinastia Qing, chinesa, cuja forma se assemelha a de um bule mas que tinha a função de servir vinho. Apesar de tê-lo fotografado em uma vitrine, com um pouco de reflexo, acho que vale como registro.

Saint-Germain-en-Laye

Recomendo a todos que vierem a Paris uma visita à pequena cidade de Saint-Germain-en-Laye, a 19 km da capital, na beira do rio Sena. O lugar é lindo e sua principal atração é o Museu Arqueológico, em um castelo muito antigo que foi reconstruído em 1539 por Francisco I. Os objetos de origem gaulesa e também do período da Gália romana são de excepcional qualidade e as explicações que os acompanham são excelentes, verdadeiras aulas de história. (A Linha A do RER leva de Paris a Saint-Germain-en-Laye rapidamente. O RER, Réseau Express Régional, é um sistema de trens com conexão em várias estações do metrô parisiense.)

Igreja de saint-Germain des Près

Hoje visitei a igreja de Saint-Germain des Près. Tinha estado lá há muitos anos mas foi bom voltar, pois ela foi restaurada com um trabalho da mais alta qualidade. Algumas partes do restauro ainda estão sendo concluídas, principalmente o mobiliário, e tive a agradável surpresa de poder observar os restauradores "em ação".

St-Germain é a mais antiga igreja de Paris. Seu campanário começou a ser construído no século X. Antes de se tornar uma igreja paroquial, foi uma abadia. Sua origem é ainda anterior ao campanário pois no século VI, no mesmo local, foi fundado um mosteiro segundo a Regra de São Basílio. Mais adiante, no século VIII, Carlos Magno faz uma doação especial aos monges e passando a filiação do lugar para a regra beneditina. A abadia é atacada durante as invasões normandas, no século IX e, com o apoio de Roberto, o Piedoso, o abade Morard a reconstrói no final do século X, iniciando as obras pelo campanário.

No século XVII e até meados do século XVIII a abadia vai se destacar como um grande centro intelectual e, após ataques, durante a Revolução Francesa, volta a ter importância como paróquia de grande abertura numa área de Paris que sempre foi o centro de debates do melhor nível acadêmico. Discussões, concertos, exposições sobre a história do cristianismo são frequentes na igreja de Saint-Germain. Atualmente há uma interessantíssima exposição sobre os cristãos do Oriente, em especial sobre os armênios.

Fundação Maeght

Recomendo a quem vier à França uma visita a esta magnífica Fundação, que é um museu na pequena cidade de Saint-Paul de Vence.

No link, algumas informações sobre o museu/Fundação:

http://www.maeght.com/musee/

Abadia de Notre-Dame de Sénanque

Hoje visitamos a abadia beneditina cistercense de Sénanque, próxima à cidade de Gordes, no Luberon ( uma cadeia de montanhas), na região da Provence. Sua construção foi iniciada no século XII. A arquitetura cistercense caracteriza-se por uma grande sobriedade, o que não impede que seja incrivelmente bela. Nada é supérfluo, tudo tem sua função. A visita inclui também a sala na qual os monges recolhiam-se para leitura e também para o trabalho de cópias. Era o antigo "scriptorium", único local que, na Idade Média, possuía aquecimento através de uma grande lareira alimentada por madeira da região.

Atualmente a abadia ainda se constitui em um mosteiro que abriga uma comunidade de cistercenses. No século XIX foi acrescentada uma construção lateral na qual atualmente os monges vivem e trabalham, mas o claustro na antiga construção medieval continua sendo um local de recolhimento. Da mesma forma, a igreja abacial continua como tal e todo o conjunto, que passou por muitos percalços durante as guerras de religião, foi preservado e restaurado dentro das normas beneditinas.

De acordo com São Bernardo, um monge não seria considerado monge se não trabalhasse com suas próprias mãos. Em Sénanque eles continuam ativos no cultivo da lavanda, na produção de alguns derivados das plantas, na produção de mel e também em atividades de recepção a turistas, à manutenção de uma excelente livraria, e outros trabalhos semelhantes. Na livraria há obras excelentes não apenas relativas à vida monástica mas também de história medieval, de culinária provençal, de diálogo interreligioso, de autores diversos e não apenas de confissão católica.

Foi um belo programa, e há muito ainda por descobrir na região. Esperamos voltar por lá em abril.

Viagem pelo sul da Europa a caminho de Paris

O Paulo e eu estamos fazendo uma excelente viagem pelo sul da Europa e daqui iremos até Paris, onde vamos ficar por 4 meses. Já estivemos em Évora, uma pequena cidade que nos encantou. De lá fomos para Córdoba, depois Águila (um belo porto no mediterrâneo), Barcelona, Girona, e agora estamos em Saint-Raphael, na Côte d'Azur. Um excelente programa.

A universidade de Évora é belíssima. O prédio data do século XVI e foi inicialmente o Colégio do Espírito Santo. Na foto, uma das salas, com o púlpito em madeira e os azulejos nas paredes. As salas têm também toda a aparelhagem moderna de "data show" mas devidamente posicionada para não atrapalhar o visual das peças antigas. As mesas e cadeiras e o espaço para o professor ( que evidentemente não fica mais no púlpito) estão no centro da sala, deixando livre para o olhar tanto a azulejaria quanto o púlpito em madeira. E são muitas salas desta mesma maneira, com cenas diversas nos painéis de azulejos. Um encanto.

Mudei um pouco o visual do blog preparando-o para postagens da viagem que vou fazer em breve. Dentro de alguns dias vou estar na Europa para uma temporada de 5 meses em Paris!